06/12/2016
TARDE –
14H às 17h
01. AVALIAÇÃO DE TEXTOS NA ESCOLA
Lorena Lima - UNICENTRO
O
minicurso tratará do tema da correção e avaliação de textos de alunos em língua
portuguesa da Educação Básica. Inicialmente, conceituaremos avaliação e
abordaremos teorias que podem sinalizar caminhos conceituais, que vão do
discurso e sequências textuais à gramática. Como o foco é formação de
professores, a segunda etapa do minicurso estará concentrada na prática de
leitura, anotação e valoração dos textos, em formato de oficina, com
recuperação da abordagem teórica proposta.
02. O CINEMA DA NOVA HOLLYWOOD
Erick Moro - UNESPAR, campus Curitiba II - FAP
Uma época peculiar necessita de uma filmografia
peculiar - na América do século XX foi assim. Na oficina O Cinema da Nova
Hollywood, nós buscaremos as origens das peculiaridades dessa época e como
estas reverberaram em toda uma geração de cineastas e os filmes que eles
produziram. Através de trechos de filmes e textos, analisaremos o cinema
americano dos anos 1970, atentando para as especificidades dessa nova era que
revigorou o cinema americano de gênero, conciliou a liberdade artística com
sucesso financeiro e deixou um legado cultural extremamente vasto.
03. “EXPRESSÕES & IMPRESSÕES” DA CONTRACULTURA NO BRASIL
ATRAVÉS DA PRODUÇÃO LITERÁRIA INDEPENDENTE (1968-1974).
Patrícia Marcondes de Barros – UNESPAR, campus de Paranaguá
O
presente minicurso tem como objetivo geral analisar as expressões de uma
nascente contracultura no Brasil, percebidas inicialmente através do
Tropicalismo e, durante a década de 70, com a produção literária independente.
Tal produção se coadunou com movimentos românticos e linguagens artísticas
contemporâneas como a poesia concreta, o cinema marginal, a contracultura
norte-americana e também, as anteriores à década de 60, a exemplo do Modernismo
antropofágico, dadaísmo, kitsh, Surrealismo, romantismo Sturm Und Drung;
expressando “as impressões” de parte da juventude frente à repressão militar e
a questão identitária nacional.
04. ESTRATÉGIAS DE
ENSINO DE PORTUGUÊS COMO L2 E LITERATURA SURDA NO CONTEXTO ESCOLAR
Eugênio da Silva Lima – UNESPAR, campus de Paranaguá
Maria Eunice Christino Celestino – UNESPAR, campus de
Paranaguá
A
quantidade de alunos com surdez no ensino publica tem aumentado gradativamente
e diante disso o ensino de português como segundo língua para o surdo é de
extrema importância e relevância, não deixando de integrar e incorporar
adaptações para surdez no ensino médio, assim esse minicurso vida orientar e contribuir
para os futuros docentes do ensino de letras as possíveis e principais
estratégias de ensino de português como L2 e o trabalho da literatura surda
neste mesmo contexto.
06/12/2016
NOITE –
19h às 22h
João Adolfo Hansen - USP
O curso propõe a leitura de O Recado do Morro, texto central da
obra Corpo de Baile (1956),
de João Guimarães Rosa, evidenciando que condensa a poética do
autor. Nele, Rosa contrasta o racionalismo
burocrático da ciência, da religião e do comércio modernos com a voz de
um morro transmitida a vários tipos representativos da alma popular
como criação, expressão e profecia da realidade autêntica das coisas.
02. INICIAÇÃO AO AUDIOVISUAL
Agnes Cristine Souza Vilseki UNESPAR, campus Curitiba II -
FAP
Helena Volani UNESPAR, campus Curitiba II – FAP
A Oficina de Iniciação ao Audiovisual propõe a
utilização do celular como ferramenta de inclusão visual e construção de
narrativas tendo como tema a percepção do território, a valorização da memória,
cultura e identidade.
Vivemos em uma época em que a imagem exerce papel
fundamental na sociedade. Consumimos imagens o tempo todo através da televisão,
revistas, jornais e internet, entretanto, nos falta educação a compreender tais
representações. O cinema pode adquirir um caráter pedagógico, ajudando a
construir a educação de uma linguagem visual, através da qual podemos
compreender o mundo em que vivemos e criar um meio de expressão que reflita
como nos relacionamos com esse mundo.
Nesse contexto, surge a ideia de
desenvolver esta oficina, cujo intuito é proporcionar aos participantes,
condições de conhecer, reconhecer a sociedade à qual pertencem e interpretar
sua cultura, além de possibilitar a criação de suas próprias representações e
interpretações, por meio de filmes produzidos pelos participantes da oficina. A
utilização de celulares com câmera e gravador de áudio como principal recurso
de captação de imagem e som, se justifica pelo caráter de inclusão e
democratização da cultura audiovisual que a oficina se propõe. Por ser um
instrumento de fácil acesso, eles poderão desenvolver projetos similares
posteriormente, com o conhecimento adquirido na oficina.
A oficina trabalhará com os fundamentos
da linguagem audiovisual de maneira simples e prática, capacitando os alunos a
criarem produtos audiovisuais a partir de suas próprias experiências. As
atividades serão divididas em três momentos, o primeiro consiste em uma
abordagem teórica do assunto, seguido de um momento de apreciação artística e reflexão,
através da exibição de um curta metragem produzido por alunos do curso de
Cinema e Audiovisual da UNESPAR, seguido de uma atividade prática.
03. A PESQUISA EM SEMÂNTICA FORMAL NAS LÍNGUAS INDÍGENAS
Lara Frutos – USP
Neste
curso, pretendemos apresentar um breve panorama de como a pesquisa em Semântica
Formal se dá no campo das línguas indígenas. Numa primeira parte, avaliaremos
quais os pressupostos da Semântica Formal e quais as questões que podem ser
levantadas em relação às línguas naturais. Em particular, olharemos para como a
pesquisa em línguas indígenas é essencial numa área relativamente recente da
linguística que é a busca por Universais Semânticos. Além disso, discutiremos
como se dá o recorte da pesquisa em termos formais, contrastando com análises
funcionais da linguagem, para argumentar que na maior parte dos casos não há
incompatibilidade nas abordagens. Num segundo momento do curso, iremos analisar
um panorama das línguas indígenas no Brasil em relação ao número de línguas,
etnias e número de línguas já descritas ou estudadas. Com isso, queremos
mostrar a necessidade de formar linguistas dispostos a trabalhar na área, o que
além de contribuir para a ciência linguística, contribui também para a
preservação das línguas estudadas. Num terceiro momento, apresentaremos uma
breve discussão sobre as metodologias empregadas em trabalho de campo,
mostrando diferentes possibilidades de modelos de coletas de dados e
justificando sua importância. Neste ponto, gostaríamos de discutir em
particular a necessidade de metodologias específicas de coleta para a Semântica
Formal, com base em Matthewson (2004), Sanchez-Mendes (2014) e Frutos (2016),
mostrando através de exemplos seus limites e desafios.
Por fim, apresentaremos brevemente alguns estudos
em Semântica Formal que têm como objeto línguas indígenas brasileiras, para dar
a oportunidade aos alunos de terem contato com alguns dos temas e questões
relevantes na área e alguns resultados alcançados até aqui. Esperamos que ao
fim do curso os alunos possam ter um bom entendimento de como a pesquisa em
línguas indígenas é feita pela perspectiva formal, compreendendo assim sua
relevância.
04. MEETING DEADLINES AND
COMING TO CONCLUSIONS: VOCABULÁRIO ACADÊMICO
EM INGLÊS
Márcia Cristina do Carmo – UEPG
Neste minicurso, são abordadas
questões acerca do vocabulário da língua inglesa em contextos acadêmicos. Com
base nos trabalhos de Swales e Feak (2004) e McCarthy e O’Dell (2011), são discutidos termos em
inglês usuais em diversas áreas do conhecimento, organizados da seguinte
maneira: (i) citações e referências (“the author claims”, “to highlight”, etc);
(ii) fatos e dados (“supporting the hypothesis”, “drewing attention to the
fact”, etc); (iii) gráficos e diagramas (“graph”, “flow/bar/pie chart”, etc); e
(iv) causa e efeito (“therefore”, “to trigger”, etc). Em um segundo momento,
são abordados exemplos de vocabulário recorrentes em apresentações orais de
reuniões científicas (“spare copies of handouts”, “having said that”, “running
out of time”, “to take questions”, etc). Finalmente, são elucidados e
diferenciados termos específicos dos sistemas educacionais britânico e/ou
norte-americano de Ensino Superior (“term”, “seminar”, “tutorial”, “lecturer”,
“professor”, “faculty”, “halls of residence”, “Student Union”, etc). Para a
exemplificação de vocábulos e expressões em inglês frequentes em contextos
acadêmicos, são utilizados bancos de dados como o Michigan Corpus of Academic Spoken English (MICASE) e o Michigan Corpus of Upper-Level Student
Papers (MICUSP), além das obras anteriormente mencionadas. De modo geral,
este minicurso objetiva contribuir no âmbito do processo de ensino/aprendizagem
de língua inglesa e de sua aplicação em ambientes acadêmicos, como
leitura/escrita de textos científicos e apresentações orais em eventos
internacionais.
05. O TRABALHO DA MEMÓRIA DISCURSIVA NO
TRAJETO DE UM ENUNCIADO
Gesualda dos Santos Rasia - UFPR
Este
minicurso abordará o contexto político de emergência da AD francesa, assim
como as principais rupturas que esta disciplina propôs em relação ao
estruturalismo. Pautará o discurso como objeto teórico e analítico e os
enunciados como materialização de discursos. Como recorte de análise
considerará um enunciado da ordem do campo do discurso político, perfazendo
seus domínios de memória e outros campos aos quais ele se associa, com vistas à
análise dos efeitos de sentido que são produzidos nessa trama.
06. LITERATURA “DIGITAL”: EXPLORANDO A PRODUÇÃO LITERÁRIA EM MEIO ELETRÔNICO
Márcia Mucha - UTFPR
A presente proposta de minicurso
é explorar objetos relacionados à literatura “digital” na web. Para tanto,
pretende oferecer um panorama da produção literária para além do livro
impresso, seja ela digital ou digitalizada. O trabalho é destinado,
especialmente, aos professores da Educação Básica e estudantes de licenciatura
em Letras e Pedagogia que se interessam pelo assunto, tanto para desenvolver
pesquisa quanto para aplicação prática na carreira docente.
07. ROSA E RULFO: ÍCONES DO REGIONALISMO LATINO-AMERICANO
Fabrício César de Aguiar - UFPR
Larissa Walter Tavares de Aguiar - UFPR
O minicurso em questão objetiva abordar
paralelamente alguns aspectos da literatura de Guimarães Rosa e do escritor
mexicano Juan Rulfo, estabelecendo pontos de contato entre suas produções com
outras áreas do saber, como História, Sociologia, Antropologia, entre outras.
Terá como enfoque a discussão sobre o regionalismo, a cultura e a identidade
latino-americana, assim como as inter-relações presentes entre os seres e o
meio natural.
08. SOCIOLINGUÍSTICA, ESTILO E IDENTIDADE: OS FLUXOS E CONTRAFLUXOS
DE COMUNIDADES DE PRÁTICAS.
Mircia Hermenegildo Salomão Conchalo – UNESPAR, campus de
Paranaguá
Ao
criar um estilo, jovens revelam um modo diferente de ver o mundo, assegurando
uma demarcação distinta em relação ao universo dos adultos e de outros grupos
juvenis. Manifestam-se através da criação de um jeito próprio de linguagem
dentro de um grupo, com apropriação de expressões ou usos de gírias, além da
utilização de elementos estéticos como roupas e cortes de cabelo. As expressões
culturais também podem ser levadas a serio pelos grupos, assumindo um papel na
recriação das identidades coletivas e individuais dos adolescentes. No entanto,
essas significações do repertório não são estáticas, pois possuem um dinamismo
intenso dentro do grupo, uma vez que a comunidade de prática está sob constante
negociação e há uma diferença de participação entre os seus membros. Há ainda
uma tendência dos falantes em aproveitar a heterogeneidade linguística para
exprimir identidade social. De acordo com Auer (2007), um ato de identidade
pode definir-se como uma seleção de um elemento linguístico que é indexado a
algum grupo numa ocasião particular, a fim de mostrar a afiliação a outro grupo
social ou desafiliação dele. Eckert (2000) afirma, no entanto, que adolescentes
passam por um processo de desenvolvimento e compreensão do mercado linguístico
existente e começam a analisar as relações entre variação linguística e poder.
É dessas avaliações do significado social das formas linguísticas disponíveis
num dado repertório linguístico que se origina o mercado linguístico baseado
nos pares. Considerando essas questões, pretendemos discutir os conceitos de
estilo, identidade e variação linguística, focando os processos de concordância
nominal e verbal, em duas comunidades de prática ideologicamente distintas de
uma escola pública da cidade de São José do Rio Preto, além de refletir sobre
as relações de poder e o mercado linguístico em que estas duas comunidades
estão inseridas.
09. INVENÇÃO E VERDADE NA POESIA DE MANOEL DE BARROS
Samon Noyama (UNESPAR, campus de União da Vitória)
A cultura ocidental é profundamente
marcada pelas deliberações que acabaram por celebrar características
específicas do homem, dentre as quais foi privilegiada declaradamente a
racionalidade. Mesmo que seja um traço marcante da história do ocidente, não
seria absurdo reconhecer que a racionalidade se configura hoje como o elemento
mais importante de nossos julgamentos, de nossas criações e de nossas ações.
Soma-se a isso o fato de que, desde o surgimento da filosofia grega, o ocidente
assimilou como visão de mundo a ideia de que a verdade ou uma verdade poderia
ser alcançada e deveria, por isso, ser o norte da especulação e da investigação
científica. Contudo, antes mesmo do surgimento da filosofia grega, a poesia já
se apresentava como uma visão de mundo que não atendia necessariamente às
mesmas exigências da ciência e do saber racional. Hoje, contudo, estamos diante
de um modo de vida que foi estabelecido por essa visão de mundo do privilégio
da razão científica no qual a poesia não é aceita a exercer um papel maior que
de coadjuvante, e ainda submetida aos parâmetros cada vez mais questionáveis de
uma cultura produzida e administrada. Nesse contexto, Manoel de Barros parece
absurdo. Sua poesia, mesmo sem a pretensão de fazê-lo, questiona essa história
e esses parâmetros, sobretudo por ampliar as possibilidades de entendimento do
termo “verdade”. Tal movimento nos permite não apenas reinterpretar o lugar e o
estatuto da verdade, mas também da invenção, da criação e da ficção. Nos
permite, em última instância, como ele mesmo diz, “transver o mundo”. Se os
excessos da racionalidade e do mundo administrado fizeram Adorno afirmar que
não era mais possível fazer poesia depois de Auchwitz, encontramos na poesia de
Manoel o alento e a alegria tão ausente na Europa do pós-guerra. Afinal, com
ela, a seriedade, a infância, a verdade e a rigidez das interpretações do mundo
precisam ser reinventadas.
Paulo Ras (Escritor de
Paranaguá)
Oficina sobre conto. Dicas e prática de criação
11. LITERATURA NA
SURDEZ: CONTAR E MOSTRAR
Dinair Iolanda da Silva Natal UNESPAR, campus de Paranaguá
Ednilson Assenção Luiz UNESPAR, campus de Paranaguá
Maria Eunice Celestino UNESPAR, campus de Paranaguá
As
obras Literárias vêm sendo escritas através dos séculos só para leitores
ouvintes. Entretanto, uma minoria
encontra espaço para expressar e se expandirem. Aqui têm tomado forma diferente
de acordo com a percepção do sujeito surdo: temos a tradução e a interpretação
que procuram ser fieis ao texto, esse processo é ainda mais ampliado, pode se
constituir de uma adaptação no sentido espaço visual, que faz uma revisitação
ao texto; uma remediação, que reescreve remodelando as metáforas existentes,
para visualizar o texto.