segunda-feira, 31 de outubro de 2016

MINICURSOS DO VII SELLF

06/12/2016
TARDE – 14H às 17h

01. AVALIAÇÃO DE TEXTOS NA ESCOLA

Lorena Lima - UNICENTRO

O minicurso tratará do tema da correção e avaliação de textos de alunos em língua portuguesa da Educação Básica. Inicialmente, conceituaremos avaliação e abordaremos teorias que podem sinalizar caminhos conceituais, que vão do discurso e sequências textuais à gramática. Como o foco é formação de professores, a segunda etapa do minicurso estará concentrada na prática de leitura, anotação e valoração dos textos, em formato de oficina, com recuperação da abordagem teórica proposta.


02. O CINEMA DA NOVA HOLLYWOOD
Erick Moro - UNESPAR, campus Curitiba II - FAP

Uma época peculiar necessita de uma filmografia peculiar - na América do século XX foi assim. Na oficina O Cinema da Nova Hollywood, nós buscaremos as origens das peculiaridades dessa época e como estas reverberaram em toda uma geração de cineastas e os filmes que eles produziram. Através de trechos de filmes e textos, analisaremos o cinema americano dos anos 1970, atentando para as especificidades dessa nova era que revigorou o cinema americano de gênero, conciliou a liberdade artística com sucesso financeiro e deixou um legado cultural extremamente vasto.


03. “EXPRESSÕES & IMPRESSÕES” DA CONTRACULTURA NO BRASIL ATRAVÉS DA PRODUÇÃO LITERÁRIA INDEPENDENTE (1968-1974).
Patrícia Marcondes de Barros – UNESPAR, campus de Paranaguá

O presente minicurso tem como objetivo geral analisar as expressões de uma nascente contracultura no Brasil, percebidas inicialmente através do Tropicalismo e, durante a década de 70, com a produção literária independente. Tal produção se coadunou com movimentos românticos e linguagens artísticas contemporâneas como a poesia concreta, o cinema marginal, a contracultura norte-americana e também, as anteriores à década de 60, a exemplo do Modernismo antropofágico, dadaísmo, kitsh, Surrealismo, romantismo Sturm Und Drung; expressando “as impressões” de parte da juventude frente à repressão militar e a questão identitária nacional.   


04. ESTRATÉGIAS DE ENSINO DE PORTUGUÊS COMO L2 E LITERATURA SURDA NO CONTEXTO ESCOLAR
Eugênio da Silva Lima – UNESPAR, campus de Paranaguá
Maria Eunice Christino Celestino – UNESPAR, campus de Paranaguá


A quantidade de alunos com surdez no ensino publica tem aumentado gradativamente e diante disso o ensino de português como segundo língua para o surdo é de extrema importância e relevância, não deixando de integrar e incorporar adaptações para surdez no ensino médio, assim esse minicurso vida orientar e contribuir para os futuros docentes do ensino de letras as possíveis e principais estratégias de ensino de português como L2 e o trabalho da literatura surda neste mesmo contexto.

06/12/2016
NOITE – 19h às 22h

01. O RECADO DO MORRO

João Adolfo Hansen - USP

 O curso propõe a leitura de O Recado do Morro, texto central da obra  Corpo de Baile (1956),  de João Guimarães Rosa, evidenciando   que condensa a poética do  autor.  Nele,  Rosa   contrasta o racionalismo burocrático da ciência, da religião e do comércio modernos com a  voz de um  morro transmitida a vários tipos representativos da  alma popular como criação, expressão e profecia da  realidade autêntica das coisas.   


02. INICIAÇÃO AO AUDIOVISUAL
Agnes Cristine Souza Vilseki UNESPAR, campus Curitiba II - FAP
Helena Volani UNESPAR, campus Curitiba II – FAP

A Oficina de Iniciação ao Audiovisual propõe a utilização do celular como ferramenta de inclusão visual e construção de narrativas tendo como tema a percepção do território, a valorização da memória, cultura e identidade.     
Vivemos em uma época em que a imagem exerce papel fundamental na sociedade. Consumimos imagens o tempo todo através da televisão, revistas, jornais e internet, entretanto, nos falta educação a compreender tais representações. O cinema pode adquirir um caráter pedagógico, ajudando a construir a educação de uma linguagem visual, através da qual podemos compreender o mundo em que vivemos e criar um meio de expressão que reflita como nos relacionamos com esse mundo.
      Nesse contexto, surge a ideia de desenvolver esta oficina, cujo intuito é proporcionar aos participantes, condições de conhecer, reconhecer a sociedade à qual pertencem e interpretar sua cultura, além de possibilitar a criação de suas próprias representações e interpretações, por meio de filmes produzidos pelos participantes da oficina. A utilização de celulares com câmera e gravador de áudio como principal recurso de captação de imagem e som, se justifica pelo caráter de inclusão e democratização da cultura audiovisual que a oficina se propõe. Por ser um instrumento de fácil acesso, eles poderão desenvolver projetos similares posteriormente, com o conhecimento adquirido na oficina.
       A oficina trabalhará com os fundamentos da linguagem audiovisual de maneira simples e prática, capacitando os alunos a criarem produtos audiovisuais a partir de suas próprias experiências. As atividades serão divididas em três momentos, o primeiro consiste em uma abordagem teórica do assunto, seguido de um momento de apreciação artística e reflexão, através da exibição de um curta metragem produzido por alunos do curso de Cinema e Audiovisual da UNESPAR, seguido de uma atividade prática.


03. A PESQUISA EM SEMÂNTICA FORMAL NAS LÍNGUAS INDÍGENAS
Lara Frutos – USP

Neste curso, pretendemos apresentar um breve panorama de como a pesquisa em Semântica Formal se dá no campo das línguas indígenas. Numa primeira parte, avaliaremos quais os pressupostos da Semântica Formal e quais as questões que podem ser levantadas em relação às línguas naturais. Em particular, olharemos para como a pesquisa em línguas indígenas é essencial numa área relativamente recente da linguística que é a busca por Universais Semânticos. Além disso, discutiremos como se dá o recorte da pesquisa em termos formais, contrastando com análises funcionais da linguagem, para argumentar que na maior parte dos casos não há incompatibilidade nas abordagens. Num segundo momento do curso, iremos analisar um panorama das línguas indígenas no Brasil em relação ao número de línguas, etnias e número de línguas já descritas ou estudadas. Com isso, queremos mostrar a necessidade de formar linguistas dispostos a trabalhar na área, o que além de contribuir para a ciência linguística, contribui também para a preservação das línguas estudadas. Num terceiro momento, apresentaremos uma breve discussão sobre as metodologias empregadas em trabalho de campo, mostrando diferentes possibilidades de modelos de coletas de dados e justificando sua importância. Neste ponto, gostaríamos de discutir em particular a necessidade de metodologias específicas de coleta para a Semântica Formal, com base em Matthewson (2004), Sanchez-Mendes (2014) e Frutos (2016), mostrando através de exemplos seus limites e desafios.
Por fim, apresentaremos brevemente alguns estudos em Semântica Formal que têm como objeto línguas indígenas brasileiras, para dar a oportunidade aos alunos de terem contato com alguns dos temas e questões relevantes na área e alguns resultados alcançados até aqui. Esperamos que ao fim do curso os alunos possam ter um bom entendimento de como a pesquisa em línguas indígenas é feita pela perspectiva formal, compreendendo assim sua relevância.


04. MEETING DEADLINES AND COMING TO CONCLUSIONS: VOCABULÁRIO ACADÊMICO EM INGLÊS
Márcia Cristina do Carmo – UEPG

Neste minicurso, são abordadas questões acerca do vocabulário da língua inglesa em contextos acadêmicos. Com base nos trabalhos de Swales e Feak (2004) e McCarthy e O’Dell (2011), são discutidos termos em inglês usuais em diversas áreas do conhecimento, organizados da seguinte maneira: (i) citações e referências (“the author claims”, “to highlight”, etc); (ii) fatos e dados (“supporting the hypothesis”, “drewing attention to the fact”, etc); (iii) gráficos e diagramas (“graph”, “flow/bar/pie chart”, etc); e (iv) causa e efeito (“therefore”, “to trigger”, etc). Em um segundo momento, são abordados exemplos de vocabulário recorrentes em apresentações orais de reuniões científicas (“spare copies of handouts”, “having said that”, “running out of time”, “to take questions”, etc). Finalmente, são elucidados e diferenciados termos específicos dos sistemas educacionais britânico e/ou norte-americano de Ensino Superior (“term”, “seminar”, “tutorial”, “lecturer”, “professor”, “faculty”, “halls of residence”, “Student Union”, etc). Para a exemplificação de vocábulos e expressões em inglês frequentes em contextos acadêmicos, são utilizados bancos de dados como o Michigan Corpus of Academic Spoken English (MICASE) e o Michigan Corpus of Upper-Level Student Papers (MICUSP), além das obras anteriormente mencionadas. De modo geral, este minicurso objetiva contribuir no âmbito do processo de ensino/aprendizagem de língua inglesa e de sua aplicação em ambientes acadêmicos, como leitura/escrita de textos científicos e apresentações orais em eventos internacionais.


05. O TRABALHO DA MEMÓRIA DISCURSIVA NO TRAJETO DE UM ENUNCIADO
Gesualda dos Santos Rasia - UFPR

Este minicurso abordará o contexto político de emergência da AD francesa, assim como as principais rupturas que esta disciplina propôs em relação ao estruturalismo. Pautará o discurso como objeto teórico e analítico e os enunciados como materialização de discursos. Como recorte de análise considerará um enunciado da ordem do campo do discurso político, perfazendo seus domínios de memória e outros campos aos quais ele se associa, com vistas à análise dos efeitos de sentido que são produzidos nessa trama.


06. LITERATURA “DIGITAL”: EXPLORANDO A PRODUÇÃO LITERÁRIA EM MEIO ELETRÔNICO
Márcia Mucha - UTFPR

A presente proposta de minicurso é explorar objetos relacionados à literatura “digital” na web. Para tanto, pretende oferecer um panorama da produção literária para além do livro impresso, seja ela digital ou digitalizada. O trabalho é destinado, especialmente, aos professores da Educação Básica e estudantes de licenciatura em Letras e Pedagogia que se interessam pelo assunto, tanto para desenvolver pesquisa quanto para aplicação prática na carreira docente.  


07. ROSA E RULFO: ÍCONES DO REGIONALISMO LATINO-AMERICANO
Fabrício César de Aguiar - UFPR
Larissa Walter Tavares de Aguiar - UFPR

O minicurso em questão objetiva abordar paralelamente alguns aspectos da literatura de Guimarães Rosa e do escritor mexicano Juan Rulfo, estabelecendo pontos de contato entre suas produções com outras áreas do saber, como História, Sociologia, Antropologia, entre outras. Terá como enfoque a discussão sobre o regionalismo, a cultura e a identidade latino-americana, assim como as inter-relações presentes entre os seres e o meio natural.


08. SOCIOLINGUÍSTICA, ESTILO E IDENTIDADE: OS FLUXOS E CONTRAFLUXOS DE COMUNIDADES DE PRÁTICAS.

Mircia Hermenegildo Salomão Conchalo – UNESPAR, campus de Paranaguá

Ao criar um estilo, jovens revelam um modo diferente de ver o mundo, assegurando uma demarcação distinta em relação ao universo dos adultos e de outros grupos juvenis. Manifestam-se através da criação de um jeito próprio de linguagem dentro de um grupo, com apropriação de expressões ou usos de gírias, além da utilização de elementos estéticos como roupas e cortes de cabelo. As expressões culturais também podem ser levadas a serio pelos grupos, assumindo um papel na recriação das identidades coletivas e individuais dos adolescentes. No entanto, essas significações do repertório não são estáticas, pois possuem um dinamismo intenso dentro do grupo, uma vez que a comunidade de prática está sob constante negociação e há uma diferença de participação entre os seus membros. Há ainda uma tendência dos falantes em aproveitar a heterogeneidade linguística para exprimir identidade social. De acordo com Auer (2007), um ato de identidade pode definir-se como uma seleção de um elemento linguístico que é indexado a algum grupo numa ocasião particular, a fim de mostrar a afiliação a outro grupo social ou desafiliação dele. Eckert (2000) afirma, no entanto, que adolescentes passam por um processo de desenvolvimento e compreensão do mercado linguístico existente e começam a analisar as relações entre variação linguística e poder. É dessas avaliações do significado social das formas linguísticas disponíveis num dado repertório linguístico que se origina o mercado linguístico baseado nos pares. Considerando essas questões, pretendemos discutir os conceitos de estilo, identidade e variação linguística, focando os processos de concordância nominal e verbal, em duas comunidades de prática ideologicamente distintas de uma escola pública da cidade de São José do Rio Preto, além de refletir sobre as relações de poder e o mercado linguístico em que estas duas comunidades estão inseridas.

09. INVENÇÃO E VERDADE NA POESIA DE MANOEL DE BARROS
Samon Noyama (UNESPAR, campus de União da Vitória)

A cultura ocidental é profundamente marcada pelas deliberações que acabaram por celebrar características específicas do homem, dentre as quais foi privilegiada declaradamente a racionalidade. Mesmo que seja um traço marcante da história do ocidente, não seria absurdo reconhecer que a racionalidade se configura hoje como o elemento mais importante de nossos julgamentos, de nossas criações e de nossas ações. Soma-se a isso o fato de que, desde o surgimento da filosofia grega, o ocidente assimilou como visão de mundo a ideia de que a verdade ou uma verdade poderia ser alcançada e deveria, por isso, ser o norte da especulação e da investigação científica. Contudo, antes mesmo do surgimento da filosofia grega, a poesia já se apresentava como uma visão de mundo que não atendia necessariamente às mesmas exigências da ciência e do saber racional. Hoje, contudo, estamos diante de um modo de vida que foi estabelecido por essa visão de mundo do privilégio da razão científica no qual a poesia não é aceita a exercer um papel maior que de coadjuvante, e ainda submetida aos parâmetros cada vez mais questionáveis de uma cultura produzida e administrada. Nesse contexto, Manoel de Barros parece absurdo. Sua poesia, mesmo sem a pretensão de fazê-lo, questiona essa história e esses parâmetros, sobretudo por ampliar as possibilidades de entendimento do termo “verdade”. Tal movimento nos permite não apenas reinterpretar o lugar e o estatuto da verdade, mas também da invenção, da criação e da ficção. Nos permite, em última instância, como ele mesmo diz, “transver o mundo”. Se os excessos da racionalidade e do mundo administrado fizeram Adorno afirmar que não era mais possível fazer poesia depois de Auchwitz, encontramos na poesia de Manoel o alento e a alegria tão ausente na Europa do pós-guerra. Afinal, com ela, a seriedade, a infância, a verdade e a rigidez das interpretações do mundo precisam ser reinventadas.

10. QUEM CONTA UM CONTO.
Paulo Ras (Escritor de Paranaguá)
Oficina sobre conto. Dicas e prática de criação



11. LITERATURA NA SURDEZ: CONTAR E MOSTRAR
Dinair Iolanda da Silva Natal UNESPAR, campus de Paranaguá
                                                          Ednilson Assenção Luiz UNESPAR, campus de Paranaguá
Maria Eunice Celestino UNESPAR, campus de Paranaguá


As obras Literárias vêm sendo escritas através dos séculos só para leitores ouvintes.  Entretanto, uma minoria encontra espaço para expressar e se expandirem. Aqui têm tomado forma diferente de acordo com a percepção do sujeito surdo: temos a tradução e a interpretação que procuram ser fieis ao texto, esse processo é ainda mais ampliado, pode se constituir de uma adaptação no sentido espaço visual, que faz uma revisitação ao texto; uma remediação, que reescreve remodelando as metáforas existentes, para visualizar o texto.